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O
Palácio de Buckingham é a
residência oficial do
monarca britânico em
Londres,
Inglaterra.
[1] Somado ao facto de ser a residência de
rainha Isabel II, o Palácio de Buckingham é o local de entretenimento real, base de todas as visitas oficiais de chefes de estado ao
Reino Unido, e uma grande
atração turística.
Tem sido um ponto de religação para o povo britânico em momentos de
grande alegria e de crise. No entanto, não é admirado por todos, pois
foi votado como o quarto prédio mais feio de
Londres em Março de
2005.
O palácio, originalmente conhecido como Casa de Buckingham (o edifício que forma o coração do actual palácio) foi uma grande
casa citadina construída pelo
Duque de Buckingham, em
1703, e adquirida pelo rei
Jorge III, em
1762, como uma residêndia privada, conhecida como
"A Casa da Rainha" (
"The Queen's House"). Foi reformada e aumentada ao longo de 75 anos, principalmente pelos arquitectos
John Nash e
Edward Blore,
formando três alas em volta de um pátio central. O Palácio de
Buckingham tornou-se a residência oficial da monarquia com a ascensão da
Rainha Vitória em
1837. As reformas mais significativas foram feitas na
Era Vitoriana, com a adicção de uma grande ala em direcção a Leste e com a remoção de antigas entradas. A fachada Leste foi refeita em
1913 junto ao Memorial de Vitória, criando a actual fachada pública do palácio, incluindo o famoso balcão.
O desenho de interiores original, do início do
século XIX, muito do qual ainda sobrevive, inclui o uso predominante de
mármores de imitação brilhantemente coloridos e
lápis azul e
cor-de-rosa, segundo a recomendação de Sir
Charles Long. O rei
Eduardo VII dirigiu uma grande redecoração no estilo
Belle Époque, com um esquema de cores creme e azul. Várias pequenas salas de recepção são mobiliadas no estilo
chinoiserie, com mobiliários e equipamentos trazidos do
Royal Pavilion em
Brighton e da
Carlton House, depois da morte do rei
Jorge IV. Os jardins públicos do palácio são os maiores jardins privados de
Londres, projectados originalmente por
Capability Brown, mas redesenhado por
William Townsend Ailton do
Kew Gardens e por
John Nash. O grande
lago artificial foi finalizado em
1828 e é abastecido pelas águas do lago Serpentine do
Hyde Park.
As Salas de Estado formam o núcleo do palácio em funções e são usadas correntemente pela
rainha Isabel II
e membros da família real para entretenimento oficial e de estado. O
Palácio de Buckingham é um dos mais conhecidos edifícios do mundo e é
visitado por mais de 50.000 pessoas anualmente, como convidados de
banquetes, almoços, jantares, recepções e festas de jardim reais.
O Palácio de Buckingham. Fachada este do palácio, a fachada principal,
desenhada por Edward Blore em 1850 e redesenhada por Aston Webb em 1913.
História
Buckingham House, cerca de 1710, como foi desenhado por William Winde
para o 1º Duque de Buckingham e Normanby. Esta fachada está envolvida,
actualmente, na Grande Entrada do interior do lado Oeste do quadrângulo e
tem a Sala de Estar Verde por cima.
O local
Na
Idade Média, o local onde se encontra actualmente o Palácio de Buckingham formava parte da
herdade de Ebury (também chamada de Eia). As terras pantanosas eram alagadas pelo
rio Tyburn,
o qual ainda corre por baixo do pátio e da ala Sul do palácio. No local
onde o rio era transponível, no Cow Ford ("Vau da Vaca"), cresceu uma
aldeia, Eye Cross. A posse do local mudou de mãos muitas vezes; entre os
proprietários contam-se
Eduardo, o Confessor e a sua esposa, a rainha
Edite de Wessex, no final da época dos
saxões, e, depois da
conquista normanda,
Guilherme I, o Conquistador. Guilherme deu o local a
Geoffrey de Mandeville, que o legou aos monges da
Abadia de Westminster.
[2]
Em
1531,
Henrique VIII adquiriu o Hospital de St. James (mais tarde
Palácio de St. James) ao
Eton College, e em
1536 recebeu a herdade de Ebury da
Abadia de Westminster.
Estas transferências trouxeram o local onde se ergueria o Palácio de
Buckingham de volta para as mãos reais, pela primeira vez desde que
Guilherme I, o Conquistador o dera, quase 500 anos antes.
Vários proprietários arrendaram os terrenos ao rei, tendo a
propriedade real sido objecto de uma frenética especulação durante o
século XVII.
Nessa época, a velha aldeia de Eye Cross tinha entrado em decadência
havia muito tempo, e a área tinha essencialmente terras incultas.
[3] Necessitando de dinheiro,
Jaime I vendeu parte das propriedades da Coroa, mas reteve uma parte do local, no qual estabeleceu um jardim de
amoreiras com quatro
acres, para a produção de
seda, o qual ficava no local onde se ergue actualmente o canto Noroeste do palácio. Clement Walker, na
Anarchia Anglicana (
1649),
refere-se às "recém-erguidas sodomas do Jardim das Amoreiras de Saint
James"; este sugere que o jardim poderá ter sido um local de depravação.
Mais tarde, no final do
século XVII, a propriedade passou, por herança, do proprietário magnata Sir Hugh Audley para a herdeira Mary Davies.
[4]
Primeiros edifícios no local
Buckingham House cerca de
1711-
1714, num desenho do
Vitruvius Britannicus, de Colen Campbell
Possivelmente, a primeira casa erguida neste local foi a de um tal Sir William Blake, cerca de
1624.
[5] O proprietário seguinte foi Lord
George Goring, 1º Conde de Norwich, qua a partir de
1633
aumentou a casa de Blake e desenvolveu muito do actual jardim, então
conhecido como "Grande Jardim Goring". De qualquer forma, Lord Goring
não conseguiu obter propriedade permanente no jardim das amoreiras. Sem o
conhecimento de Goring, em
1640, o documento "falhou na passagem do grande sêlo antes de
Carlos I fugir de
Londres, o qual era imprescinível para a execução legal".
[6] Foi esta omisão crítica que ajudou a Família Real britânica a recuperar a propriedade eterna, no reinado de
Jorge III.
O imprevidente Goring negligenciou o pagamento das suas rendas;
Henry Bennet, 1º Conde de Arlington obteve, então, a posse da mansão, agora conhecida como Goring House. Era Bennet quem ocupava o edifício em
1674,
quando este foi consumido pelas chamas. No ano seguinte foi erguida no
local a Arlington House — a ala Sul do actual palácio — e a sua
propriedade eterna foi comprada em
1702.
O edifício que forma o coração arquitectónico do actual palácio foi construído por
John Sheffield, 1º Duque de Buckingham e Normanby, em
1703, segundo o desenho de
William Winde. O estilo escolhido foi o de um grande bloco central com três pisos, flanqueado por duas alas de serviço mais pequenas.
A Buckingham House foi vendida mais pelo descendente de Buckingham, Sir Charles Sheffield, em
1762 ao Rei
Jorge III, por 21.000
libras estrelinas.
[7] Tal como o seu avô
Jorge II,
Jorge III recusou vender os interesses no jardim das amoreiras, e por
esse motivo Sheffield foi incapaz de comprar a totalidade da propriedade
permanente do local. A casa foi pensada inicialmente como um retiro
privado para a Família Real, e em particular para a
rainha Charlotte, pelo que era conhecida como a Casa da Rainha. O
Palácio de St. James permaneceu a residência oficial e cerimonial da realeza; na realidade, a tradição continua até ao presente, com os
embaixadores
estrangeiros a serem formalmente acreditados na "Corte de St. James",
apesar de ser no Palácio de Buckingham que apresentam as suas
credenciais e equipa à rainha, depois da sua nomeação.
Era Vitoriana
Rainha Vitória, a primeira monarca a residir no Palácio de Buckingham,
mudou-se para o palácio completamente renovado após a sua subida ao
trono, em 1837.
O Palácio de Buckingham tornou-se, finalmente, na principal residência Real, em
1837, aquando da subida ao trono da
rainha Vitória.
Enquanto os Apartamentos de Estado eram um tumulto de dourados e cor,
as funções necessárias no novo palácio, eram algo menos luxuosas. Em
primeiro lugar, foi relatado que as chaminés fumegavam tanto que teve
que se prescindir dos fogos, e consequentemente a Corte tiritava numa
magnificência gelada.
[8]
A ventilação era tão má que o interior fedia, e quando foi tomada a
decisão de instalar lâmpadas de gás, houve uma séria preocupação com a
acomulação de gás nos pisos mais baixos. Também foi dito que a criadagem
era relaxada e preguiçosa, e que o palácio era imundo.
[8] Depois do casamento da rainha, em
1840, o seu marido, o
Príncipe Alberto,
encarregou-se, ele próprio, com a reorganização das oficinas domésticas
e da criadagem, além das falhas no desenho do edificio. Os problemas
foram rectificados e os construtores deixaram, finalmente o palácio em
1850.
Em
1847, o casal achou o palácio demasiadamente pequeno para a vida da Corte e da sua família que crescia,
[9] e consequentemente foi construída a nova ala, desenhada por
Edward Blore,
a qual encerrou o quadrângulo central. Esta grande ala Este, com
fachada para o Mall, é actualmente a "face pública" do Palácio de
Buckingham e contém o famoso balcão, de onde a Família Real acena à
multidão em ocasiões especiais e anualmente, depois das cerimónias
militares conhecidas como
"Trooping the Colour"
(algo como "agrupar a cor"). A ala do Salão de Baile e um conjunto de
salas de estado foram construídos neste período, desenhados por um
discípulo de Nash, Sir
James Pennethorne.
O Palácio de Buckingham cerca de 1837, com a descrição do Arco de
Mármore, o qual servia como entrada cerimonial para o recinto do
palácio. Foi removido para dar lugar à ala Este, construída em 1847, a
qual encerrou o quadrângulo.
Antes do falecimento do príncipe Alberto, a rainha Vitória era conhecida publicamente por gostar de música e de dança,
[10] tendo os grandes
compositores contemporâneos feito exibições no Palácio de Buckingham. Sabe-se que
Felix Mendelssohn actuou ali em três ocasiões.
Johann Strauss II e a sua
orquestra também tocaram no palácio quando estiveram em
Inglaterra. A
Alice Polka, de Strauss, teve a sua primeira apresentação no palácio, em
1849, em honra da filha da rainha, a
princesa Alice.
Na época da rainha Vitória, o Palácio de Buckingham foi frequentemente
cenário de opulentos bailes de fantasia, além das cerimónias Reais
rotineiras, investiduras e apresentações.
Quando enviuvou, em
1861, a triste rainha retirou-se da vida pública e deixou o Palácio de Buckingham para viver no
Castelo de Windsor, no
Castelo de Balmoral e na
Osborne House.
Durante muitos anos, o palácio foi usado raramente, e mesmo
negligenciado. Mais tarde, a opinião pública forçou-a a regressar a
Londres,
apesar de a monarca preferir viver em qualquer outro lugar sempre que
possível. As funções da Corte foram mantidas no Castelo de Windsor, em
vez do Palácio de Buckingham, presididas pela sombria rainha,
habitualmente vestida com o preto da manhã, enquanto que o Palácio de
Buckingham se mantinha fechado durante a maior parte do ano.
[11]
Século XX
O Palácio de Buckingham numa fotografia panorâmica de 1909.
A fachada Este do Palácio de Buckingham, concluida em 1850, numa
fotografia de 1910. Viria a ser remodelada, adoptando a forma actual, em
1913.
Em
1901, a subida ao trono de
Eduardo VII trouxe um novo sopro de vida ao palácio. O novo rei e a sua esposa, a
rainha Alexandra estiveram sempre na primeira linha da alta sociedade londrina, e os seus amigos, conhecidos como "o Grupo da
Marlborough House",
foram considerados os mais eminentes e elegantes da época. O Palácio de
Buckingham — o Salão de Baile, Grande Entrada, Hall de Mármore, Grande
Escadaria, vestíbulos e galerias, redecorados ao estilo
Belle Epoque, com o esquema de cores em creme e dourado, que mantém actualmente — tornou-se uma vez mais no ponto fulcral de todo o
Império Britânico,
e um cenário para o entretenimento numa escala majestosa. Muitas
pessoas sentem que a pesada decoração do Rei Eduardo VII não complementa
o trabalho original de Nash.
[12] De qualquer forma, foi permitido que permanecessem até aos dias de hoje.
O Memorial de Vitória foi criado pelo escultor Sir Thomas Brock, em
1911, e erguido em frente aos portões principais do Palácio de
Buckingham, sobre um conjunto do arquitecto Sir Aston Webb.
As últimas obras de construção importantes ocorreram durante o reinado de
Jorge V quando, em
1913,
Sir Aston Webb redesenhou a fachada Este de, desenhada por Blore em
1850, para se assemelhar em parte com o
Lyme Park, em
Cheshire, de
Giacomo Leoni. Esta renovada fachada principal em pedra de
Portland,
foi desenhada para ser o pano de fundo do Memorial de Vitória, uma
grande estátua em memória da rainha Vitória, situada no exterior dos
portões principais.
Jorge V, que sucedeu a
Eduardo VII, em
1910,
tinha uma personalidade mais sóbria que o seu pai. No seu reinado, foi
dado maior ênfase ao entretenimento oficial e aos deveres Reais do que
às festas opulentas. A esposa de Jorge V, a
rainha Maria
era uma entendida em artes, e teve um grande interesse pela Colecção
Real de mobiliário e arte, através do restauro de peças antigas e da
aquisição de novas peças. A rainha também instalou vários utensílios e
acessórios, tal como um par de chaminés de mármore em
Estilo Império, desenhadas por
Benjamin Vulliamy, datadas de
1810,
as quais foram colocadas na Sala de Saudações do piso térreo, a
gigantesca sala baixa no centro da fachada do jardim. A rainha Maria
também foi responsável pela decoração da Sala-de-Estar Azul. Esta sala,
com 69
pés (21
m.)
de comprimento, previamente conhecida como Sala-de-Estar do Sul, tinha
um dos mais refinados tectos de Nash, ornamentada com caixotões com
enormes consolas douradas. Este tecto é referido pelo autor e
historiador
Olwen Hedley, no seu livro
Buckingham Palace,
como o mais bonito do palácio, mais grandioso e opulento que o da Sala
do Trono ou do Salão de Baile, o qual foi construído para receber as
funções originais da Sala-de-Estar Azul.
Primeira Guerra Mundial
Durante a
Primeira Guerra Mundial, o Palácio, então residência do
Rei Jorge V e da
rainha Maria, escapou ileso. Os seus conteúdos mais valiosos foram evacuados para o
Castelo de Windsor, mas a Família Real permaneceu
in situ.
As maiores alterações para a vida na Corte, nessa época, tiveram a ver
com o facto de o Governo ter persuadido o Rei a, ostensiva e
publicamente, fechar os porões dos vinhos e a refrear o consumo de
álcool durante a guerra, como bom exemplo para as supostamente
inebriadas classes populares. No entanto, as classes baixas continuaram a
beber e, ao que dizem, o Rei ficou furioso com a sua abstinência
forçada.
[13] Os filhos do Rei foram fotografados, nessa época, servindo chá aos oficiais feridos, no adjacente
"Royal Mews".
Segunda Guerra Mundial
Palácio de Buckingham, Fachada sobre o Mall, 2004.
Durante a
Segunda Guerra Mundial,
o palácio experimentou pior sorte que no conflito anterior: Foi
bombardeado por sete vezes, e era um alvo deliberado, uma vez que os
nazis alemães
acreditavam que a destruição do Palácio de Buckingham poderia
desmoralizar a nação. O mais sério e publicitado bombardeamento foi
aquele que destruiu a capela em
1940: a cobertura deste evento foi exibida nos cinemas de toda a
Inglaterra, para mostrar o sofrimento comum aos ricos e aos pobres. Uma bomba caiu no quadrângulo do palácio enquanto o
Rei Jorge VI e a
rainha Elizabeth estavam na residência. Muitas das janelas estouraram e a capela ficou destruida..
[14]
A cobertura de tais incidentes, em tempos de guerra, era severamente
restringida, no entanto, o rei e a rainha foram filmados enquanto
inspeccionavam a sua residência bombardeada. A sorridente rainha, como
sempre imaculadamente vestida, com chapéu e casaco a condizer,
mostrou-se aparentemente indiferente aos danos que a rodeavam. Foi neste
momento que a rainha proferiu a famosa frase: "Estou feliz por termos
sido bombardeados. Agora posso olhar para o
East End na face". A família real foi vista a partilhar as suas misérias, como o
"The Sunday Graphic" registou:
-
- Pelo editor: O rei e a rainha sofreram a provação que veio até às
suas pessoas. Pela segunda vez, um bombardeiro alemão tentou trazer a
morte e a destruição à Casa de Suas Majestades (…) Quando esta guerra
ultrapassa o perigo comum, que o rei Jorge e a rainha Elizabeth
compartilharam com a sua gente, será uma memória estimada e uma
inspiração ao longo dos anos.[15]
No dia
15 de Setembro de
1940, um piloto de
RAF,
Ray Holmes, golpeou um avião alemão que tentava bombardear o palácio..
[16]
Holmes, ao ficar sem munição, fez a escolha rápida de chocar com o
inimigo. Ambos os aviões caíram, tendo os seus pilotos sobrevivido. Este
incidente foi filmado. O motor do avião foi, mais tarde, exposto no
Museu Imperial da Guerra, em
Londres. Depois da guerra o piloto britânico foi nomeado "Mensageiro do Rei". Morreu aos 90 anos de idade, em
2005.
No
Dia da Vitória na Europa, em
8 de Maio de
1945, o palácio foi o centro das celebrações britânicas, com o rei, a rainha, a princesa Elizabeth (futura Isabel II) e a
Princesa Margarida
a aparecerem no balcão, com as escurecidas janelas do palácio atrás
deles, brindando com uma vasta multidão apinhada na alameda.
Século XXI
A Bandeira do Reino Unido projectada sobre o Palácio de Buckingham no Natal de 2003.
O Palácio de Buckingham é um dos principais símbolos britânicos. Este
palácio, além de ser a residência da monarquia britânica, é também uma
galeria de arte e uma atracção turística. Por trás das grades douradas e
dos portões, que foram feitos pela Corporação de Bromsgrove,
[11]
e da famosa fachada de Webb, a qual foi descrita como "a ideia que
todas as pessoas têm de um palácio", o numeroso pessoal empregado pela
Casa Real mantém a monarquia constitucional britânica em funcionamento.
Todos os anos, cerca de 50.000 hóspedes convidados são entretidos em
Festas de Jardim, recepções, audiências e banquetes. As Festas de
Jardim, habitualmente três, realizam-se no
Verão, normalmente em Julho. O
átrio
do Palácio de Buckingham é usado para o "Render da Guarda" (também
conhecido como "Troca da Guarda"), uma importante cerimónia que é usada
como atracção turística (diariamente durante os meses de Verão; em dias
alternados durante o
Inverno).
O Palácio de Buckingham e o Memorial a Vitória.
O Palácio de Buckingham não é propriedade privada do monarca; tanto o
Castelo de Windsor
como o Palácio de Buckingham e as suas colecções de arte pertencem à
nação. O mobiliário, pinturas, equipamentos e outros artefactos de ambos
os palácios, muitos deles feitos por
Fabergé, são conhecidos colectivamente como a
Royal Collection; sendo propriedade da nação, podem ser admirados pelo público. A Galeria da Rainha, próximo dos
Royal Mews,
está aberta ao público durante todo o ano e expõe uma selecção de
elementos da colecção que vai sendo alterada. As salas que contêm a
Galeria da Rainha encontram-se no local da antiga capela, danificada num
dos sete bombardeamentos que atingiram o Palácio no decorrer da
Segunda Guerra Mundial. As Salas de Estado do Palácio estão abertas ao público durante os meses de Agosto e Setembro, desde
1993. O dinheiro cobrado em taxas de entrada foi, originalmente, usado na reedificação do
Castelo de Windsor, seriamente danificado num incêndio ocorrido em
1992, o qual destruiu muitas das suas Salas de Estado.
Residência do Monarca
O Palácio de Buckingham em 1842, antes da construção do edifício desenhado por Edward Blore.
Actualmente, o Palácio de Buckingham não é exclusivamente a residência dos dias de semana da rainha
Isabel II e do
Príncipe Filipe. O edifício é também a residência londrina de
André, Duque de York e dos Condes de Wessex,
Eduardo e
Sofia. O Palácio também aloja os gabinetes da Casa Real e é o local de trabalho de 450 pessoas.
Em
1999, foi declarado
[17]
que o palácio continha 19 Salas de Estado, 52 quartos de dormir
principais, 188 quartos para o pessoal, 92 gabinetes e 78 casas de
banho. Embora estes números possam parecer impressionantes, o Palácio de
Buckingham é pequeno quando comparado com os palácios dos
Czars,
Peterhof, em
São Petersburgo e os palácios de
Alexandre e
Catarina, em
Tsarskoe Selo, com o
Palácio Apostólico, em
Roma, com o
Palácio Real de Madrid ou mesmo com o antigo
Palácio de Whitehall, e muito pequeno em comparação com a
Cidade Proibida e com o
Palácio de Potala. A relativa pequenez do palácio pode ser melhor apreciada de dentro, olhando para o quadrângulo interior. Em
1938 foi feita uma ampliação menor, com o pavilhão Noroeste, projectado por Nash, a ser convertido numa piscina.
Cerimónias da Corte
Durante o actual reinado, a cerimónia da Corte sofreu uma modificação
radical, com a entrada no palácio a deixar de ser prerrogativa
exclusiva da classe superior.
[18]
Houve, progressivamente, um relaxamento progressivo no código do
vestuário formal da Corte. Em reinados anteriores, os homens que não
vestiam uniforme militar usavam um calção pelo joelho, segundo um
desenho do
século XVIII. O vestido da tarde de mulher incluia obrigatoriamente longas costuras nas capas e
tiaras e/ou penas no cabelo. Depois da
Primeira Guerra Mundial, quando a rainha Maria desejou seguir a
moda
levantando as suas saias algumas polegadas acima da terra, solicitou
uma dama de companhia que encurtasse as suas próprias saias para avaliar
a reação do rei. O rei Jorge V ficou horrorizado e, por isso, a barra
da saia da rainha Maria permaneceu ultrapassadamente baixa.
Posteriormente,
Jorge VI e a rainha Elizabeth permitiram que as saias diurnas ficassem mais curtas.
Sala de Baile de Estado, numa pintura datada de 1856. o polícromo
esquema de cores tem vindo a ser substituído por uma decoração
essencialmente branca com detalhes a ouro e estofos encarnados.
Actualmente não há qualquer código de vestido oficial.
[19]
A maior parte dos homens convidados para comparecerem no Palácio de
Buckingham durante o dia decidem usar uniforme de serviço ou casacos de
manhã, e ao anoitecer, dependendo da formalidade da ocasião, optam pelo
smoking ou pelo
white tie. Se a ocasião fôr de
white tie, as mulheres devem usar, então, uma tiara, se a possuirem.
Uma das primeiras grandes modificações ocorreu em
1958, quando a rainha aboliu as festas de apresentação de
debutantes.
[20] Essas apresentações na Corte, de meninas da
aristocracia
ao monarca, realizavam-se na Sala do Trono. As debutantes usavam um
vestido de Corte completo, com três altas penas de avestruz no seu
cabelo. Entraram, faziam reverência, executavam uma coreografada marcha
para trás, e uma nova mesura, enquanto manobravam o vestido do
comprimento prescrito. A cerimónia correspondia às Salas-de-Estar da
Corte de reinados anteriores, e a rainha
Isabel II
substituiu as apresentações por grandes e frequentes festas de jardim,
para um corte transversal da sociedade britânica. A falecida
Princesa Margarida
ficou com a reputação de ter comentado acerca das apresentações de
debutantes: "tivemos que pôr-lhe um fim, todas as prostitutas de Londres
lá entravam".
[21]
Actualmente, a Sala do Trono é usada para a recepção de discursos
formais, tais como aqueles que foram feitos à rainha por ocasião dos
seus Jubileus. É no estrado do Trono que os retratos dos casamentos
Reais e as fotografias de família são tirados.
As investiduras, as quais conferem
fidalguia
através de um duplo toque com uma espada, e a atribuição de outros
prémios realizam-se no Salão de Baile Vitoriano do palácio, construído
em
1854. Esta sala, com os seus 123
pés
de compriemento por 60 pés de largura (37 m. por 20 m.), é a maior do
palácio. Substiuiu a Sala do Trono, tranto na importância como no uso.
Durante as investiduras, a rainha fica no estrado de trono, por baixo de
um gigantesco pálio aveludado, cupulado, conhecido como
"shamiana" ou
baldaquino, usado na coroação no
Delhi Durbar (Corte de
Deli), em
1911. Uma banda militar toca na galeria dos músicos, enquanto os agraciados com os prémios se aproximam da rainha e recebem as suas
honras, observados pelas suas famílias e amigos.
Desenho de 1870 mostrando convidados a subir a Grande Escadaria.
Os banquetes de Estado também se realizam no Salão de Baile. Esses
jantares formais têm lugar na primeira tarde de cada visita de estado
realizada pelos Chefes de Estado estrangeiros. Nessas ocasiões, muitas
vezes mais de 150 hóspedes, os homens em
white tie e
condecorações, e as mulheres com tiaras, jantam em pratos de ouro. A
maior e mais formal recepção que tem lugar no Palácio de Buckingham
realiza-se em cada mês de Novembro, quando a rainha recebe os membros
dos corpos diplomáticos estrangeiros residentes em
Londres. Nesta ocasião, todas as Salas de Estado estão em uso, como a família real a caminhar por elas,
[22]
começando o seu cortejo pelas grandes portas a Norte da Galeria dos
Quadros. Tal como Nash tinha previsto, todas as grandes portas duplas
espelhadas permanecem abertas, reflectindo os numerosos lustres de
cristal e candeeiros, causando uma deliberada ilusão de óptica de espaço
e luz.
As cerimónias menores, como a recepção de novos embaixadores,
realizam-se na Sala de 1844. Aqui, a rainha também oferece pequenas
festas com almoço, e reúne frequentemente o Conselho Privado do Reino
Unido. As festas com almoço de maiores dimensões realizam-se muitas
vezes na Sala de Música, encurvada e com cúpula, ou na Sala-de-Jantar de
Estado. Em todas as ocasiões formais, as cerimónias são observadas pela
Guarda Real, envergando os seus uniformes históricos, e por outros
oficiais da Corte, como o
Lord Chamberlain ("Lorde Camareiro").
Desde o bombardeamento da capela do palácio, na
Segunda Guerra Mundial,
os baptizados reais realizam-se, por vezes, na Sala de Música. Os três
filhos mais velhos de Isabel II foram batizados nessa sala,
[23] numa especial fonte baptismal dourada. O Príncipe
Guilherme de Gales foi baptizado na mesma sala do seu pai e tios; contudo, o seu irmão,
Henrique de Gales, foi baptizado na Capela de São Jorge, do
Castelo de Windsor.
As maiores festividades do ano são as Festas de Jardim da Rainha, as
quais contam com um número de convidados que pode ir até aos 8.000, os
quais tomam
chá e comem
sanduíches em grandes
tendas erguidas no Jardim do Palácio de Buckingham. Quando uma
banda militar começa a tocar o Hino Nacional,
God Save the Queen,
a rainha emerge da Sala do Arco e, lentamente, caminha por entre os
hóspedes em direcção à sua tenda de chá privada, cumprimentando os
previamente selecionados para a honra. Os convidados que não têm, de
facto, oportunidade de ver a rainha, têm, pelo menos, a consolação de
poder admirar o Jardim do Palácio de Buckingham.
Interior
Piano Nobile (andar nobre) do Palácio de Buckingham. A: Sala de
Jantar de Estado; B: Sala-de-Estar Azul; C:Sala de Música;
D:Sala-de-Estar Branca; E:Closet (pequeno quarto) Real; F:Sala do Trono;
G:Sala-de-Estar Verde; H:Galeria Cruzada; J:Sala de Baile; K:Galeria
Este; L:Sala-de-Estar Amarela; M:Centro/Sala do Balcão; N:Sala de Almoço
Chinesa; O:Corredor Principal; P:Apartamentos Privados; Q:Áreas de
Serviço; W:A Grande Escadaria.
Piso Térreo: R:Entrada dos
Embaixadores; T: Grande Entrada. As áreas difinidas com paredes
sombreadas representam alas baixas de menor importância.
Nota:
Esta planta não está à escala, servindo apenas para referência. As
proporções de algumas salas podem diferir significativamente da
realidade.
A área ocupada pelo palácio contém 77.000 metros quadrados (828.818 pés quadrados).
[24] As principais salas do palácio estão contidas no
"piano nobile", por trás da
fachada
Oeste do jardim, nas traseiras do edifício. O centro deste ornado
conjunto de Salas de Estado é a Sala de Música, sendo o seu grande arco a
característica dominante da fachada. Flanqueando a Sala de Música estão
as Salas-de-Estar Azul e Branca. No centro do conjunto, servindo de
corredor de ligação entre as várias salas de estado, fica a Galeria dos
Quadros, a qual é iluminada a partir do topo e possui 55 jardas (50 m.)
de comprimento. A galeria está relacionada com trabalhos de
Rembrandt,
van Dyck,
Rubens, e
Vermeer.
Outras salas que conduzem à Galeria dos Quadros são a Sala do Trono e a
Sala-de-Estar Verde. A Sala-de-Estar Verde é usada como uma enorme
antecâmara
da Sala do Trono e faz parte da via cerimonial que vai desde a Sala da
Guarda, no topo da Grande Escadaria, até ao trono. A Sala da Guarda
contém uma
estátua, em
mármore branco, do príncipe Alberto em traje romano, colocado numa
tribuna, alinhada com
tapeçarias. Essas salas muito formais são usadas, unicamente, em ocasiões cerimoniais e de interesse oficial.
Imediatamente abaixo dos Apartamentos de Estado fica um conjunto de
salas ligeiramente menores, conhecidas como os apartamentos
semi-estatais. Abrindo-se a partir da galeria de mármore, essas salas
são usadas para recepções menos formais, como festas de almoço e
audiências privadas. Algumas das salas foram nomeadas e decoradas para
determinados visitantes, tal como a "Sala de 1844", que foi decorada
naquele ano para a visita de estado do
Czar Nicolau I da Rússia.
No centro deste conjunto fica a Sala do Arco, pela qual passam
anualmente milhares de convidados para as Festas de Jardim da rainha,
realizadas nos jardins depois dela. A rainha usa privadamente um
conjunto mais pequeno de salas na ala Norte.
Entre
1847 e
1850, quando Blore construía a nova ala Este, o
Royal Pavilion, em
Brighton,
foi uma vez mais espoliado do seu mobiliário. Como resultado disso,
muitas das salas na nova ala têm uma atmosfera nitidamente oriental. A
Sala de Almoço Chinesa, encarnada e azul, é composta por partes das
salas de banquetes e de música do Royal Pavilion, mas tem uma chaminé,
também vinda de
Brighton, com um desenho mais
indiano do que
chinês. A Sala-de-Estar Amarela tem um papel de parede do
século XVIII, que foi fornecido, em
1817, para o Salão de Brightom. A chaminé desta sala é uma visão
europeia do que seria um equivalente chinês, completada com
mandarins a acenar com a cabeça, colocados em nichos, e espantosos
dragões chineses alados .
A Sala de Baile de Estado é o maior salão do Palácio de Buckingham. Foi
adicionada pela rainha Vitória e é usada para investiduras e banquetes
de Estado.
No centro da ala Este fica o famoso
balcão, com a Sala de Centro por trás das suas portas de vidro. Este salão possui um estilo
chinês, realçado pela
rainha Maria que, trabalhando com o desenho de Sir
Charles Allom, criou um "obrigatório"
[25] tema chinês, que duraria até ao final da
década de 1920, embora as portas
lacadas tivessem sido trazidas de Brighton em
1873. Estendida ao longo de todo o comprimento do
"piano nobile"
da ala Este fica a grande galeria, modestamente conhecida como o
Corredor Principal, o qual cobre o comprimento do lado oriental do
quadrângulo.
[26] Este tem portas e paredes espelhadas que reflectem pagodes de
porcelana
e outro mobiliário oriental de Brightom. A Sala de Almoço Chinesa e a
Sala-de-Estar Amarela estão situadas em cada extremo desta galeria, com a
Sala de Centro colocada, obviamente, ao centro.
Actualmente, os Chefes de Estado em visita, quando ficam no palácio,
ocupam um conjunto de salas conhecido como a "suite belga", a qual fica
no piso térreo da fachada Norte, voltada para o jardim. Essas salas, com
corredores realçados por cúpulas baixas, foram inicialmente decoradas
para o tio do príncipe Alberto,
Leopoldo I da Bélgica, o primeiro rei dos belgas. O rei
Eduardo VIII viveu nessas salas durante o seu curto reinado.
O jardim, as cavalariças reais e a alameda
Uma festa de jardim no Palácio de Buckingham, em 1868.
Por trás do Palácio, fica o
jardim
do Palácio de Buckingham, vasto e semelhante a um parque. A fachada do
palácio voltada para o jardim foi desenhada por Nash, e é feita em pedra
de
Bath, com tons de ouro pálido. O jardim, que inclui um lago, é o maior jardim privado de
Londres.
É neste jardim que a rainha apresenta as suas festas de jardim, anualmente no
Verão, mas desde Junho de
2002 que a soberana tem convidado o público para o jardim em numerosas ocasiões. O
Jubileu de Ouro da rainha, em
2002, e o seu 80º aniversário, em
2006, foram assinalados com festas espectaculares.
Multidão subindo o Mall (alameda) em direcção ao Palácio de Buckingham e
ao Memorial de Vitória. As bandeiras intercaladas com as bandeiras do
Reino Unido indicam uma Visita de Estado da Noruega, em curso.
Adjacente ao palácio ficam os
"Royal Mews", também projetados
por Nash, onde as carruagens reais estão alojadas, incluindo o Coche
Estatal Dourado. Este coche dourado em estilo
Rococó foi desenhado por Sir
William Chambers, em
1760, e tem pinturas de
Giovanni Battista Cipriani. A sua estreia ocorreu na Abertura Estatal do Parlamento, por
Jorge III, em
1762, e é usado pelo monarca somente para a coroação ou para as celebrações de jubileus.
[27] Os cavalos usados para puxar as carruagens nos cortejos cerimoniais Reais também estão alojados nos
"Royal Mews".
A Alameda (conhecida como
The Mall), uma via de aproximação cerimonial ao palácio, foi desenhada por Sir
Aston Webb e concluída em
1911 como parte de um grande memorial à
rainha Vitória. Esta alameda estende-se desde o Arco do Almirantado (
Admiralty Arch), subindo até à rotunda em volta do Memorial de Vitória e ao
átrio
do palácio. Esta via é usada para as cavalgadas e desfiles de
automóveis de todos os chefes de estados em visita, e também pela
família real em ocasiões de estado, como a anual Abertura Estatal do
Parlamento e o
"Trooping the Colour" de cada ano.
A segurança
Guardas saindo do Palácio de Buckingham no final da cerimónia quotidiana do render da guarda.
Desde que o Palácio de Buckingham se tornou na principal residência da
monarquia britânica, existem relatos de brechas na segurança do edifício. O inacreditável aconteceu logo em
1837, o ano em que a
rainha Vitória
foi viver para o palácio, quando um rapaz de 12 anos, cognominado como
"o rapaz algodão", conseguiu viver um ano no edifício sem o conhecimento
de ninguém. Escondia-se nas
chaminés, ficando pretos os
panos onde dormia. Finalmente foi apanhado em Dezembro de
1838, o que originou muitas questões no
Parlamento a propósito da segurança Real.
[28] Das oito tentativas de
assassinato de que a rainha Vitória foi vítima, pelo menos três passaram-se perto das portas do palácio.
No início do
século XX, a
esplanada situada em frente do palácio era um terreno da predilecção das
sufragistas, que se acorrentavam às
grades de
ferro dourado.
A maior parte das brechas na segurança provêm do exterior do palácio. Assim, em
1974,
Ian Ball tentou sequestrar a
princesa real, no
Mall, quando esta voltava ao palácio, ferindo várias pessoas à passagem. Em
1981, três turistas alemães acamparam nos jardins do palácio, após terem escalado os
muros cobertos de
arames farpados, tentando fazer crer que pensavam estar no
Hyde Park. Em
1982 ocorreu um incidente, quando Michael Fagan acedeu à Câmara da Rainha enquanto esta dormia. Em
1993, manifestantes contra a
energia nuclear escalaram igualmente os muros e organizaram um "assento" no
relvado do palácio. Em
1994 foi a vez de um
parapentista nu aterrar sobre o
telhado do edifício.
Sufragistas efectuando um piquete de greve ao longo das grades do Palácio de Buckingham, em Janeiro de 1917.
Em
1995 um estudante com o nome de John Gillard destroçou as portas do palácio, tirando dos
gonzos uma porta de ferro forjado com uma
tonelada e meia de peso. Em
1997, foi encontrado um doente de um
hospital psiquiátrico
a vaguear pela propriedade. Ao longo dos anos, numerosos intrusos foram
detidos na propriedade, um dos quais queria pedir a princesa Ana em
casamento, tendo sido declarado louco.
Em
2003, um
repórter do
Daily Mirror
passou dois meses no Palácio de Buckingham, como empregado. Uma das
referências que havia fornecido estava errada e esta não foi
correctamente verificada. O incidente coincidiu com uma visita de
George W. Bush ao
Reino Unido, o qual ficou instalado no palácio, tendo o Daily Mirror publicado fotografias clandestinas do quarto do
presidente norte-americano, juntamente com outras da mesa do
pequeno-almoço da rainha e do quarto do
Duque de York.
[29] O palácio processou o jornal por violação da
vida privada, tendo este devolvido as fotografias e pago os prejuízos à rainha em Novembro de
2003.
Mais recentemente, em
2004, um manifestante pelo direito dos pais solteiros foi notícia nos jornais ao escalar uma
cornija próxima do balcão de cerimónia, disfarçado de
Batman. Outro manifestante disfarçado de
Robin foi interceptado antes de conseguir subir ao edifício: em Novembro do mesmo ano regressou disfarçado de
Pai Natal para se acorrentar a um poste de iluminação próximo de uma porta principal.
O Palácio de Buckingham visto de trás no jardim.
Notas
- ↑ Tradicionalmente, a corte real britânica ainda reside no Palácio de St. James. Quando os embaixadores
estrangeiros são recebidos pela soberana britânica no Palácio de
Buckingham para assumirem as suas novas posições, estão, de facto, a ser
acreditados à "Corte do Palácio de St. James". Esta anomalia mantém-se
por motivos de tradição, uma vez que o Palácio de Buckingham é tido por
todos como a residência oficial.
- ↑ A topografia do local e a sua posse estão distribuidas nos capítulos 1 e 4 da obra de Wright
- ↑ Wright, pp. 76-78
- ↑ Audley e Davies foram figuras-chave no desenvolvimento da Herdade de Ebury e também na Herdade de Grosvenor (ver Duques de Westminster), a qual ainda existe actualmente. São lembrados em várias artérias de Mayfair, nomeadamente na North Audley Street, na South Audley Street e na Davies Street.
- ↑ Wright, p.83
- ↑ Wright, p. 96.
- ↑ Nash, p. 18, apesar de o preço avançado na página 142 da obra de Wright ser de 28.000 libras
- ↑ a b Woodham-Smith, p. 249
- ↑ Harris, de Bellaigue & Miller, p. 33
- ↑ Hedley, p 19
- ↑ a b Robinson, p. 9.
- ↑ Robinson
(P. 9) afirma que as decorações, incluindo gessos pendentes e outros
motivos decorativos, são "melindrosos" e estão "em desacordo com os
detalhes originais de Nash".
- ↑ Rose, Kenneth. King George V. London:
- ↑ Hedley
- ↑ The Sunday Graphic, 18 de Setembro de 1939, p. 1
- ↑ "Piloto que 'salvou o Palácio' honrado". 2 de Novembro de 2005, "Corporação Britânica de Difusão - rádio e TV Notícias".. Página visitada em 25 de Abril de 2007.
- ↑ Robinson P. 11
- ↑ Hedley, pp 16 -17
- ↑ Conselho dado pelos representantes de Sua Majestade
- ↑ Mailbox. Royal Insight Magazine. Página visitada em 2007-05-25.
- ↑ Blaikie, Thomas (2002). You look awfully like the Queen: Wit and Wisdom from the House of Windsor. London: Harper Collins. ISBN 0-00-714874-7
- ↑ Hedley, p. 16.
- ↑ Robinson, p. 49
- ↑ Ver referência no website oficial da monarquia britânica.
- ↑ Harris, de Bellaigue e Moleiro, p. 93
- ↑ Harris, de Bellaigue e Moleiro, p. 91
- ↑ Kid's Zone:The Gold State Coach. Site oficial British Monarchy. Página visitada em 2007-05-25.
- ↑ The Mudlark, uma novela de 1949 escrita pelo americano Theodore Boné, baseia-se vagamente nesta história. Em 1950, fez-se um filme baseado no livro, com Irene Dunne, Alec Guinness e Anthony Steel.
- ↑ Nas
fotografias não se via nada de interessante, apenas que os dois filhos
mais jovens da rainha tinham um gosto bastante convencional, até mesmo burguês, no que dizia respeito ao mobiliário dos seus quartos, e que a rainha guardava o seu muesli num tupperware.